terça-feira, 2 de julho de 2019

#51 - importâncias

Este mês não vou fazer as unhas. Não. Também nao me vou maquilhar, nem fazer gastos supérfluos, ou até ir ao ginásio. São  escolhas e opções e desta é para valer, de verdade e com toda a vontade do mundo.
Vou levantar cedo e deitar cedo, até porque "deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer", em todo o sentido possível e agora isso atingiu-me, pesado mesmo. Deitar mais cedo e acordar todos os dias 1 ou 2 horas mais cedo que o costume e correr. Correr como se não houvesse amanhã, apenas porque gosto, no entanto, porque tem de ser também. Tem mesmo muito de ser. Com força e atitude lá o farei, com certeza uma vitória. 
Depois o resto, todo o resto que nunca mais terá fim, caso tenha sucesso. Quero muito ter sucesso, deus me valha.
Vou fazer umas cenas depois da corrida, depois cozinhar e mais tarde trabalhar. Isto feito rotina durante uns tempos. Pelo meio sair e distrair-me um bocado. Ser feliz pelo meio e não a metade. Felicidade tem de ser mantida sempre a fresco, mesmo que por vezes escondida a olhares alheios, mas sempre fresca, viva e com força de sair e florescer, na medida certa e que seja infinita, na mesma medida.
O que ninguém sabe, ninguém estraga.
Força, força, muita força. Eu consigo. Ninguém o fará por mim. Vou conseguir.
(30março2019)

#50 - "mundo redondinho"

Vou contar-vos uma história. Mas só uma vez e baixinho, para ninguém mais ouvir. Estão preparados?
Quando era mais nova, gostava de andar descalça pela terra, a correr e a brincar. Descobrir coisas novas e sentir todas as sensações ao máximo, literalmente pelo meu próprio pé. Subia árvores, chapinhava pelos regos de água que haviam na casa da minha avozinha, inventava jogos, brincava com os animais e olhava o céu. Admirava a lua, o sol e as estrelas. Adoro a lua. Será que sou cabeça no ar por isso?
E, nessa altura, algumas coisas estavam a mudar, e eu não percebia o porquê disso. 
O mundo era redondinho, e eu tinha as minhas ideias, inventava histórias de vida que podia ter. Hoje, olhando para trás, são bem diferentes do que imaginei. Tenho saudades de muita coisa. Quem me dera voltar lá e estar novamente numa dessas vidas inventadas.
Aquela miúda ainda cá está e sempre vai estar.  Algumas pessoas (bem próximas) olham para mim e dizem tretas, porque não me percebem e acham que devo ser o que elas pintam. Que é o melhor a ser e a fazer. Essas pessoas que se fodam. Não vai acontecer, não sou nenhuma boneca. Odeio ter de dar justificações. Seja quem for, há limites quanto ao conhecimento do que faço e das minhas atitudes perante algo. Ninguém tem a noção da boa infância que tive, naqueles belos tempos e belos verões. Também nao disse que tudo foi bom ou fácil, porque há merdas lixadas pelas quais não precisam de passar, nem tanto ter conhecimento. 
Atualmente, e aí vem o grande "boom": não se vive para agradar a ninguém, porque quem importa primeiro somos nós. Venha quem vier com o "ah, so olhas por ti, vê pelos outros primeiro", que se lixe. É falta de atenção. Não falo de todos, porque muitas das pessoas que o dizem nunca tiveram grande oportunidade de verem por elas mesmas primeiro, mas de forma geral, é falta de atenção. E podem dar essa atenção, desde que de forma saudável, em que tu própria/o estejas bem. 
Peço desculpa pela confusão e a quem magoei. Mas este era só um passo a ser dado. Ainda há muito por vir.
Segura bem essas boas memórias e histórias. Quem comanda aqui és tu, por isso força amiga/o.

#49 - grito no vazio

Hoje acordei a chorar e quero que o mundo todo saiba.
Já me aconteceu antes, quando era mais nova uns anitos. Mas hoje foi um grito no vazio.
Para focar este grito no vazio: estava a dormir com o meu namorado, e sinceramente não sei o que ele poderia dizer se eu o acordasse para falar disto, mas ao mesmo tempo, não acho que fosse dizer algo que me sossegasse assim tanto.
Enfim.
O sonho foi no jardim da minha avó. Estava la eu e amigos, aí 6 raparigas e 6 rapazes. Faces conhecidas, de pessoas que andaram na minha turma e me eram chegadas. E o ponto foca-se numa pessoa. Um dos rapazes que ja gostei. Não foi o 1o amor, nem sequer um dos meus ex, mas alguém com quem já falei bastante, no passado. 
No sonho, estávamos a fazer alguma espécie de jogos. No entanto, eu e ele estávamos sempre a chocar. No meio daquilo ele fez-me frente, tipo cara a cara aos berros. Entretanto aquilo passou (é de ressaltar que foi um sonho, e como é óbvio, não me lembro de tudo). E chegou a parte base do sonho.
A "malta" estava em fila, rapazes dum lado e raparigas do outro. Nota: ele nunca andou na minha turma. Então eu como estava chateada pus-me a andar la para outro lado do jardim, e ele veio atrás de mim: "posso entrar naquele jogo?". E comecei a chorar e a deitar para fora. Enquanto no sonho lhe dizia o que tinha a dizer para endireitar as cenas e chorava arduamente, na realidade acordei e estava já em lágrimas. Lágrimas compridas a sair à pressa, molhando a almofada. Um completo grito no vazio. 
Respirei o mais baixo que consegui e aos poucos fui-me acalmando. Não queria acordar ninguém. 
O motivo do sonho? Quem me dera saber! Sei que não foi por sentimentos existentes, porque ja se passaram muitos anos, e sei bem o que sinto em relação às pessoas, sei bem quem amo e quem não. Mas que foi uma merda das pesadas foi. E para não basta, quando adormeci sei que continuou o sonho de alguma forma, agora como nao me lembro mesmo, de todo.
Viro-me a mim mesma de pantanas. 
Ja passou. Está tudo bem. Foi só um sonho tolo. Mas não quero mais dessa dose, não quero mais choro enquanto sonho. Boa noite.
(2dez2018)

#48 - pequenas lutas e conquistas

Tenho andado à imenso tempo a pensar nisto, mas esta semana em particular bateu-me mesmo em cheio.
Trabalho desde os 18. Estava a acabar o 12° e decidi que tinha de arranjar um part-time e assim do nada arranjei. Foi das melhores escolhas da minha vida, repetiria-la vezes sem conta. Gozem, gozem a vontade onde comecei, mas foi lá que encontrei montes de pessoas incríveis. Aprendi muito lá. 
Eu acho que tinha a noção do que é o trabalho, mas após entrar lá apercebi-me da real, de como têm de ser as coisas. Feitas e para andar.
Conheci montes de gente la em 1 ano e 9 meses, e de todas as idades, "generos e feitios" e sobretudo maneiras diferentes de agir e pensar. Sinceramente a minha experiência lá foi de todo melhor que os meus 3 anos de secundário. Isto porque a escola nao era boa, e as pessoas que me acompanharam eram horríveis. E eu tive os melhores comigo no ciclo e depois do 1° trabalho.
Cresci. Comecei a ganhar mais à vontade, fiquei mais extrovertida (eu era muito, demasiado até fechada. acho parte de mim ainda é e sempre vai ser), ganhei mais auto-estima e confiança com o lidar de outras pessoas, inclusive clientes. Ainda tenho saudades às vezes, e outras vezes ainda sonho que volto. Não é que queira voltar, porque as pessoas que conheci já lá nao estao,  nem o trabalho em si seja para a vida, nomeadamente a minha. Mas sinto saudades das risadas, brincadeiras, saídas com eles.
A verdade é: guardo-os a todos com muito carinho, mas sei que só  2/3 deles seraopara a vida. Inclusive (outra vez esta palavra) o meu amor, que o encontrei por lá. 
A necessidade de sair chegou. Fui para outro sitio (3 part-times nesta reta ate a atualidade) onde eramos bem menos a trabalhar. Claro que nunca ia ser o mesmo. Não foi o melhor do mundo, mas deu para desenrascar.
Novamente troca de trabalho. Legalmente ia so para o 2° trabalho (com contrato). 1 ano lá. Foi bom sim. Mas cansava. Muitas trocas de turnos e problemas digamos que internos. Conheci gente que gostei la. Muitos deles eram clientes. Mas sei que aquilo também me ensinou muito. Talvez voltasse para lá, não sei. Passou-me muita coisa. Noutras alturas nada. Eu cansei-me, a minha vida berrava para algum sossego. Nao tinha fds livres (again), e isso a longo prazo cansa demais. E, ya, eu adorei trabalhar com muita gente, e la era sempre sozinha praticamente. Bota e vira.
3° emprego legalizado (deixei de vez os outros).
Muitas pessoas! Novamente agitação e felicidade. Talvez um pouco de medo, mas um medo daqueles bons.
Mais uma vez pessoas de muitas idades, mas desta vez maioritariamente mulheres. 98%, sem exageros.
Toda a gente sabe que mulheres são difíceis. Então quando juntam assim em tão grande quantidade, claro que vai haver choque. Claro que todas querem ser as melhores. E há que ter paciência e calma.
A experiência está a ser boa. Mas, no entanto, acho que nao passa disso: de uma experiência. 
Sei perfeitamente que não vai ser um trabalho para a vida. Com certeza levarei muitas pessoas comigo, quando esse dia chegar. Mas para já, resta esperar e trabalhar, trabalhar, trabalhar. 
Há uma questão que se coloca depois disto tudo... Qual será o trabalho final? Melhor dizendo, quando chegará o emprego final? 
Sei que quero mais. É impressionante, mas sim, contínuo a querer sempre mais. Longe ou perto, irá acontecer. Não tenho medo disso, do futuro que está por vir. Mas a tela está em branco, e a grande plano nao vejo nada. Ainda!
Nunca desistir. Lutar sempre. Manter sempre os bons por perto, para que a força nunca seja perdida.
Estou bem. Melhor que em muitas das situações que já passei. Pode-se dizer que estou feliz, mas é preciso um pouquinho mais de felicidade. Aos poucos vou conseguindo-a, devagar, devagarinho.
Never give up.
(21nov2018)

#47 - Crónicas soltas

"nunca quis a tua partida. mesmo sem a querer, eu deixei-te ir com a promessa que voltavas. falhaste-me quando te perdeste no caminho. e mesmo assim continuo ca, a espera, com a mesma esperança. 
estarei errada por esperar por alguém que se esqueceu aonde realmente pertence?", 14fev2018, 00h55..

"despertaste-me solta de um arrepio fora do comum. acordei e quis-te, mais que o meu próprio suspiro, mais que a propria felicidade. numa eterna saudade lamentei as causas perdidas, ou pelo menos o que perdi contigo e por ti. de alguma forma, o tempo suavizou e tudo ficou claro: a tua ida foi necessária, e apesar de saber que nao voltas nunca mais, irei querer-te sempre mais. la no fundo acho que queres ou tens de voltar, so porque sim. e que com o tempo, ver-te seria cada vez mais dificil, mas ainda assim, é uma necessidade, querer-te sabendo que vai magoar.
que se lixe o tempo e a vida. quero-te, mas não me agonizes mais.", 26fev2018, 23h56.

"desembrulhei-me de ti e prossegui. nao havia nada mais pelo que esperar.
os sonhos nunca desapareceram e sei que por mais que tente nunca irão. a minha mente esta cheia e completa por ti, e tenho receio que outras pessoas fiquem a saber disso, mesmo sem querer, mesmo sem contar, só por te olhar. as memórias são milhares e as saudades infinitas. nunca na vida te pediria que estivesses no meu lugar, porque basta. algum dia irá parar. ou nao. basta que acalme, que nao traga as saudades numa grande tempestade, e sei que ficarei bem.", 26mar2018, 01h36.

"a sombra retornou e deixei-me estar encolhida na cama, só por mais um bocadinho, a ver se esta sensação se ia embora. 
não me podes fazer isso. nao mais. nao desta forma. sei que é errado, daí o pecado ter-nos falhado, mas pelo menos em algum lado eu queria. o problema talvez tenha sido eu querer-te demais.
por detrás de todas as sombras, nao te vou deixar ir, até que aconteça, lá, e eu possa dar-lhe clareza, tirar-te dessas sombras malditas. até la apenas eu irei "sofrer", mas está tudo bem com isso.", 18abril2018, 11h33.

"tenho medo (sempre tive). não é de agora e sei  que não irá ter fim. estão muitas coisas a acontecer e outras prestes a começar, e tenho receio do que pode ou não dar certo. será que a minha parte chega para tudo correr bem? eu quero muito que resulte.", 23set2018, 22h19.

"aniversários. cada vez gosto menos. nao no geral, mas o meu em particular. muita coisa mudou e aconteceu. antes não queria saber, queria era festa, prendas e amigos. atualmente só quero as minhas amizades. nada mais. e nem sequer falo dos meus anos, mas diariamente, anualmente. 
é tão bom estarmos com quem gostamos e sentir que o sentimento é recíproco." , 23set2018, 22h19.

"Não espero por ti se esperares por mim. Não mais, nem mais uma vez. Não tenho obrigação quanto mais necessidade de o fazer.
Esperei 3 anos por ti, talvez esperasse 20 ou 30, se realmente tivesse querido tanto quanto eu. Não é à toa que os sonhos se desfazem e os sentimentos se vão. Há muita coisa eterna, e o meu amor sempre será (não da mesma intensidade e forma), todo o que mereceres. 
Vieste devagarinho, como quem gatinha ao mimo. Um sorrisinho tolo à espera de resposta.
Já foste. Não serás again, eu sinto. 
Numa próxima vida talvez. 
Até lá quem sabe se nos voltamos a ver, sem mais, só ver." -, 12abril2019, 00h23.

"Estás aí? Consegues ouvir-me? Prepara-te, porque nem eu sei se estou para o que aí vem, ao que vou dizer.
Desde à uns tempos atrás que não sinto os pés, nem o chão, quanto mais o tempo. És ingrato. Dás luta que se farta. E digo-te já que uma parte de mim esta farta de ti e dessa demora vadia. Raios que te partam. Em mil pedaços de preferência. 
Podia já ter o que quero, mas sei que não me vais facilitar, quanto mais ajudar. Mas porquê? 
Sabendo perfeitamente o que quero e preciso (que realmente preciso), devias ajudar-me a obter e a concretizar alguns desejos. 
Tempo. Já não o tenho como queria e a minha paciência está a esvair-se, a esgotar-se rapidamente. Estou a lutar por isso, pesquiso o suficiente. E nada de troco, nem tão pouco respostas.
Anda de uma vez. Não demores. Mas não demores segundo as minhas regras de tempo, e nao consoante as tuas. Porque para mim isto ja esta a ser uma eternidade e para ti deve ser só mais um jogo.
Tem de ser. E com muita força amigo.", 5março2019